Portugal

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Portugal

Arepública de Portugal, integrada na União Europeia e no sistema do Euro, ocupa o setor ocidental da Península Ibérica. Encontram-se sob a sua soberania os arquipélagos dos Açores e da Madeira, no Oceano Atlântico. Geologicamente, a maior parte do território português é constituído pelo extremo ocidental da Meseta Central Ibérica, inclinada para oeste e para sul. O rio Tejo, o mais importante, divide o país em duas zonas bem diferenciadas. A parte setentrional apresenta altitudes superiores a 400 metros; de norte para sul correm as serras do Gerês, Padrela e Marão e, a sul destas, encontra-se a cordilheira mais elevada de Portugal continental, a Serra da Estrela.

 
Nome oficial:   República portuguesa
Forma de governo:   República com uma câmara legislativa: Assembleia da República (230)
Capital:   Lisboa
Área:   92.142 km²
População:   10.3 milhões (est. 2016)
Densidade pop.:   111.8 hab/km²
Altitude máxima:   Ponta do Pico (Açores), 2.351 m; Serra da Estrela, 1.991 m
Índice desenvol.:   0.843 (41º lugar) (RDH 2016)
Língua:   Português e Mirandês (oficiais)
Moeda:   Euro
Religião:   Católica 92,2%, outras 7,8%

 

Quanto à região a sul do Tejo, é suavemente ondulada e é constituída por sedimentos provenientes da Meseta Central. No sul, no Algarve, o território volta a erguer-se na serra de Monchique (1.793 m). A costa é, de modo geral plana e arenosa. Os principais rios portugueses, exceptuando o Mondego, que nasce na Serra da Estrela, vêm de Espanha e desaguam no Atlântico. São eles o Douro, o Tejo, que forma um grande estuário à sua passagem por Lisboa, o Guadiana (fronteira sul com a Espanha) e o Minho (fronteira norte também com Espanha).

Divisão administrativa

Distritos

 Área (km²)  População (2016)  Densidade (hab./km²)
Aveiro 2.800  698.914  249.6
Beja 10.266 143.941   14.0
Braga 2.705  832.597  307.7
Bragança 6.599  126.466 19.1 
Castelo Branco 6.627  183.114 27.6 
Coimbra 3.975 410.337  103.2 
Évora 7.392  156.207  21.1
Faro 4.995  441.469  88.3
Guarda 5.536  148.523  26.8
Leiria 3.509  459.412  130.9
Lisboa 2.795  2.247.937  804.2
Portalegre 6.084 108.588   17.8
Porto 2.330  1.776.084  762.2
Santarém 6.723 435.637   64.7
Setúbal 5.163  851.431  164.9
Viana do Castelo 2.220  233.813  105.3
Vila Real 4.309  194.397  45.1
Viseu 5.010 360.547   71.9
R. A. Açores 2.322 245.283   105.6
R. A. Madeira 782 254.876  325.9
PORTUGAL 92.142  10.309.573  111.8

O relevo de Portugal é um prolongamento da Meseta Castelhana, pois constitui o seu flanco ocidental; contudo, o país não é tão montanhoso somo o interior da península. É formado por um conjunto de planaltos e colinas de altitude variável, que não excedem os 400 metros; os mais acidentados são, no norte, a província de Trás-os-Montes e, para sul, a Serra da Estrela. Na frente marítima do Atlântico, as terras portuguesas descem suavemente, interrompidas, de norte para sul, pelos vales do Douro e do Tejo. Este desagua junto à cidade de Lisboa num amplo estuário que constitui o acidente mais notável das costas portuguesas, de modo geral baixas e direitas. Em direção ao Sul, o relevo transforma-se numa suave peneplanície no Alentejo; por fim, ergue-se outra vez nas serras de Monchique e Caldeirão. Na ponta meridional de Portugal, o cabo de São Vicente, a costa torna-se alta e escarpada, ao mesmo tempo que se abre para o grande oceano.

Ao longo dos 850 quilómetros da costa portuguesa podem observar-se os muitos contrastes geográficos que dominam o território. As praias de areia sucedem-se entre escarpas tão espetaculares como as da Ponta da Piedade em Lagos, um dos locais mais belos do Algarve.

Precipitações e temperaturas

   Dados climáticos de algumas localidades

Vegetação e clima 

 

As duas zonas em que o país está dividido determinam também os tipos de flora portuguesa. Nos vales do norte predominam as caducifólias (faias, castanheiros, avelaneiras e carvalhos) e o solo das florestas cobre-se de giestas, fetos e tojos. No interior impera a floresta baixa, típica do Mediterrâneo. Quanto ao clima, Portugal está sob o efeito das correntes atlânticas. O anticiclone subtropical dos Açores determina verões quentes e secos, enquanto os ventos de inverno trazem consigo frio, humidade e precipitações abundantes. O norte interior apresenta características próprias do clima continental; no sul e na costa observa-se, em contrapartida, a influência do mar Mediterrâneo.

Agricultura 

 

Cerca de 3,1% da população ativa portuguesa trabalha na agricultura, cultivando trigo, milho batatas, hortaliças frutas, videiras, oliveiras e oleaginosas. O setor da criação de gado dedica-se aos ovinos, suínos e aves de capoeira. A silvicultura satisfaz as necessidades de madeira, mas as espécies que proporcionam mais rendimentos são o eucalipto, utilizado principalmente na produção de pasta de papel e o sobreiro: Portugal é um dos maiores produtores mundiais de cortiça. A pesca ocupa um lugar de destaque na economia do país; as principais capturas correspondem a sardinhas, bacalhau e mariscos.

Vegetação, agricultura, criação de gado e pesca

O sobreiro é um exemplo clássico da vegetação mediterrânica que cresce no sul de Portugal. Uma boa parte da cortiça extraída destas árvores destina-se à exportação. Nos campos mais húmidos do norte cresce uma vegetação de tipo atlântico, com predomínio de carvalhos, freixos, e pinheiros-bravos. De qualquer forma, os incêndios e a ação humana, em busca de campos para a agricultura, acabaram com grande parte destas florestas.

Utilização do solo

Indústria e transportes

 

Osetor mineiro português extrai carvão, cobre, ferro, urânio, caulino, mármore, tungsténio e pequenas quantidades de ouro e prata. Dois terços da energia são produzidos em centrais térmicas e a restante em barragens hidroelétricas. Recentemente tem-se verificado também uma aposta na energia eólica. A industrialização do país, relativamente recente, permitiu o desenvolvimento do setor; nele destacam-se as indústrias siderúrgica, metalúrgica, química, refinação de petróleo, têxtil e alimentar, na qual se inclui a produção vinícola e de azeite. Em menor medida, também deve mencionar-se a produção têxtil de lã e a cerâmica.

 

Energia e indústria

Os barcos rabelos asseguraram o transporte do vinho entre o Douro e as terras de Ribadouro durante séculos. Hoje desempenham uma função meramente turística. construída com  tábuas sobrepostas e materiais simples, possui uma vela quadrada, fundo chato, remo comprido e cores sóbrias e pitorescas que continuam a deliciar os visitantes.

A Gare do Oriente é uma das mais importantes obras da moderna arquitetura lisboeta. Esta estação ferroviária, de camionagem, metropolitana e de parqueamento automóvel foi projetada para a Expo' 98 pelo arquiteto valenciano Santiago Calatrava. Baseia-se numa simetria rigorosa e num design sofisticado, revelando influência de Gaudi nos acabamentos e assemelhando-se à assadura de uma catedral gótica, contudo desempenhando uma combinação eficiente de múltiplos modos de transporte.

Estradas   14.313 Km
Auto-estradas   3.065 km
Rede ferroviária   2.546 Km
Automóveis   6.208.350
Camiões e autocarros   201.441
Embarcações   29.081
Mármore (milhares de t.)    900
Gesso (milhares de t.)    750
Sal (milhares de t.)   604
Tungsténio (milhares de t.)   700
Prata (Kg)   22.500
Urânio (t.)   2
Energia elétrica  (milhões de KWh)   43.283
Aço (milhares de t.)   920
Coque metalúrgico (milhares de t.)   300
Gusa (milhares de t.)   100
Automóveis   182.000
Vinho (milhares de t.)   680
Açúcar (milhares de t.)   56
Cimento (milhares de t.)   10.000
PIB (milhões de dólares)   217.869
PIB per capita (dólares)    26.561
Variação anual do PIB   1,39%
Taxa anual de inflação   0,6%
População ativa   5.178.300
Taxa de desemprego   11,1%
Importações (milhares de  dólares)   71.931
Exportações (milhares de dólares)   58.772

Transportes e comunicações

Mineração, energia e indústria

Economia

População

 

Apopulação portuguesa, formada com base nos antigos ocupantes da Península Ibérica e, em menor medida, na imigração proveniente das ex-colónias, tem um dos índices de urbanização mais baixos da Europa. Sendo historicamente um país de emigrantes, em parte devido às anteriores condições de subdesenvolvimento e por razões políticas, esta tendência seria invertida nas últimas décadas, sendo agora a principal componente da dinâmica populacional. Atualmente a população portuguesa após um crescimento nos últimos anos apresenta agora uma tendência para diminuir. O decréscimo da fecundidade e da mortalidade infantil, aliadas ao aumento da esperança média de vida, sobretudo masculina, e às correntes migratórias são os aspetos mais destacados da evolução demográfica recente. No que se refere à religião, cerca de 90% dos habitantes professa o catolicismo e também existem algumas igrejas protestantes. As línguas oficiais são o português e, desde 1998, o mirandês, uma língua falada por cerca de 15.000 pessoas do sudeste do distrito de Bragança, ao longo da fronteira com Espanha.

 

Densidade populacional

Lisboa

 

Com uma longa e turbulenta história, Lisboa viu assar pelo seu território, na costa norte do estuário do Tejo, fenícios, romanos, visitados e muçulmanos. Mais tarde, depois de ser elevada a capital de Portugal em 1255, despediu-se no seu porto de valentes expedicionários que conseguiram abrir rotas comerciais com  a África, a América e a Ásia, convertendo-se assim no centro de influência de um império notável. Com o passar do tempo, foi perdendo uma parte do seu esplendor, mas o pior surgiu em 1755 quando um terrível terramoto destruiu grande parte da cidade. Com paciência e requinte, Lisboa ressurgiu das suas cinzas para recuperar o protagonismo comercial, cultural e artístico do país.

 

Porto

 

OPorto ergue-se na margem direita do rio Douro. Desenvolveu-se a partir da criação de um bispado no século VI, que com o nome de Portucale é a origem do Condado Portucalense. Torna-se no centro do movimento da reconquista e de aglutinação das terras circundantes, constituindo em meados do século X a província Portugalensis. É entre os seus habitantes, os portugalenses, que surgem os primeiros sentimentos nacionais. No século XV colabora ativamente nos Descobrimentos com navios e excelentes marinheiros. Hoje é o pólo do norte de Portugal. A sua imagem encontra-se ligada aos seus famosos vinhos, destacando-se o Vinho do Porto, produzidos no Douro e envelhecidos nos armazéns de Vila Nova de Gaia, na margem esquerda do rio.

 

A ponte D. Luís I no Porto é uma das quatro que, por cima das águas do Douro, ligam os núcleos urbanos que deram origem à cidade: Portus e Cale. Com cerca de 350.000 habitantes, o Porto é a grande capital do norte atlântico. Nos centros populacionais periféricos encontra-se uma densidade populacional ainda superior à da própria cidade. Na extremidade norte do tabuleiro inferior da ponte encontra-se a Ribeira, um dos locais mais característicos da cidade invicta, e que remonta à época medieval. Aqui encontra-se parte da atividade comercial da margem direita do rio, com um passeio personal que proporciona agradáveis momentos de lazer, e uma atrativa oferta de restaurantes, bares e discotecas.

Belém é um dos principais bairros de Lisboa, no que se refere a monumentos arquitectónicos. Entre os seus muitos atrativos destaca-se em especial a Torre de Belém, um pequeno forte de estilo manuelino que foi construído junto ao rio Tejo entre os anos 1515 e 1521. No mesmo bairro encontram-se o Mosteiro dos Jerónimos, a Igreja de Santa Maria e o Palácio de Belém.

O interessante elevador de Santa Justa, obra do popular Eiffel, que serve para subir com maior comodidade até ao Bairro Alto, situa-se nas proximidades da Praça do Comércio, também conhecida com Terreiro do Paço, uma das mais conhecidas de Lisboa. As vidraças do elevador proporcionam uma esplêndida vista aérea do Rossio e muitos outros lugares de interesse como o Castelo de São Jorge, a Praça D. Pedro IV ou o bairro de Alfama e o Chiado.