Biomas e Formações Vegetais

Biomas e Formações Vegetais

 

WE LOVE GEOGRAPHY

i

Biomas e Formações Vegetais

 

A biodiversidade não se espalha de forma uniforme pela Terra. Esta segue padrões complexos determinados sobretudo pelo clima, pela geologia e pela história evolutiva do planeta. Esses padrões são chamados biomas.

Segundo o World Wildlife Fund (WWF), um bioma corresponde a uma "grande unidade de terra ou água contendo um conjunto geograficamente distinto de espécies, comunidades naturais e condições ambientais". Os seus limites não são fixos e nítidos, mas abrangem uma área dentro da qual os processos ecológicos e evolutivos importantes interagem mais fortemente.

Os vinte e seis tipos de habitat definidos pelo WWF, que descrevem áreas diferentes que compartilham condições ambientais semelhantes, estão divididos em três ecossistemas (terrestres, de água doce e marinhos) resultantes da análise regional da biodiversidade nos continentes e nos oceanos do mundo. Para representar os exemplos mais distintos, agrupamo os ecossistemas terrestres em doze biomas comummente aceites, tendo em conta os padrões de complexidade biológica e as adaptações de espécies similares, por forma a mostrar uma pequena parte da enorme diversidade de tipos de ambientes existentes. Isto significa que dentro de cada um destes biomas há uma gama de organismos que estão adaptados apenas a uma parte do bioma e outros que estão adaptados a toda a gama de condições dentro dos limites que estamos a definir.

Enquanto as florestas tropicais e os recifes de coral abrigam a maior parte da biodiversidade, encontramos manifestações únicas da natureza em regiões temperadas e boreais ou em desertos e cadeias montanhosas, que não ocorrem em nenhum outro lugar da Terra, e que correm o risco de serem perdidos para sempre se não forem conservados.

Floresta Equatorial
Um lugar cheio de vida

Distribuição da Floresta Equatorial e Tropical Húmida
CC BY-SA 3.0

i

Floresta equatorial e tropical húmida

Embora se estenda sensivelmente até aos 30º de latitude, este tipo de floresta encontra-se sobretudo em grandes manchas descontínuas localizadas entre a região equatorial e os Trópicos de Câncer e Capricórnio. São caracterizadas pela baixa variabilidade da temperatura anual e pelos elevados níveis de precipitação (superior a 1500 mm por ano). A composição da floresta é dominada por espécies de árvores caducifólias semiperenes e perenes que no seu conjunto podem ser divididas em cinco camadas bem definidas: camada emergente, dossel, sub-bosque, nível dos arbustos e, finalmente, a vegetação herbácea.

Aqui uma árvore pode crescer mais de 75 metros de altura em apenas 5 anos devido ao clima perpetuamente quente e húmido, que promove um crescimento de plantas explosivo, motivo pelo qual estas florestas abrigam mais espécies do que qualquer outro ecossistema terrestre (cerca de metade das espécies terrestres habitam neste lugar).

Podem ser encontradas em todo o mundo, particularmente no Arquipélago Indo-Malaio (conhecida por Floresta do Bornéu), na Bacia do Rio Amazonas (conhecida por Floresta Amazónica) e na Bacia do Rio Congo (conhecida por Floresta do Congo).

Animais da floresta equatorial e tropical húmida

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Floresta Tropical Seca
Sobrevivendo às longas secas sazonais

Distribuição da Floresta Tropical Seca
CC BY-SA 3.0

i

Florestas tropicais e subtropicais secas

A floresta tropical e subtropical seca de folha larga é um dos catorze tipos de habitat terrestres definidos pelo WWF e está localizada em latitudes tropicais e subtropicais. Esta desenvolve-se em grandes extensões de terra entre os trópicos que não recebem precipitação suficiente para suportar uma extensa floresta.

Embora estas florestas se desenvolvam em climas permanentemente quentes e possam receber milhares de milímetros de chuva por ano, a vegetação teve de se adaptar às longas estações secas que duram vários meses e que variam de acordo com a sua localização geográfica. Contrariamente às florestas equatorial e tropical húmida, onde não há registo de uma estação seca, são as árvores de folha caduca que predominam neste bioma.

Essas secas sazonais têm grande impacto em todos os seres vivos da floresta. Durante a estação seca, variando de espécie para espécie, a maioria da vegetação, como o ébano (Diospyros sp.) ou a teca (Tectona sp.), perde a sua folhagem para combater a perda de humidade através das suas folhas. Desprovidas da sua cobertura, as árvores permitem que a luz solar atinja o nível do solo e facilite o crescimento da vegetação rasteira espessa. Este bioma corresponde à  transição entre as florestas equatorial e tropical húmida e a savana.

Animais da floresta tropical seca

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Savana
Bem perto do chão da floresta

Distribuição das Savanas e Pradarias Tropicais
CC BY-SA 3.0

i

Savanas e pradarias tropicais e subtropicais

As savanas são, em poucas palavras, um bioma de transição: não é uma floresta e não é um deserto, corresponde a um lugar, geralmente plano, entre os dois. As grandes extensões de terra nos trópicos que não recebem chuva suficiente para suportar uma extensa cobertura de árvores dão origem a este tipo de habitat. As pradarias e savanas tropicais e subtropicais são caracterizadas por níveis de precipitação média anuais entre 900 e os 1500 milímetros.

No entanto, apesar da reduzida precipitação, pode haver grande variabilidade na humidade do solo ao longo do ano. As gramíneas dominam a composição de espécies dessas regiões, embora a paisagem seja frequentemente completada por algumas árvores dispersas. Os grandes mamíferos que evoluíram para aproveitar as amplas pastagens dos períodos húmidos, tipificam a biodiversidade associada a esses habitats.

A fauna de grandes mamíferos é mais rica nas savanas africanas, onde ainda podemos deslumbrar enormes assembleias intactas. Quase metade deste continente está coberto por este bioma. Também pode ser encontrado noutros continentes, no entanto, a diversidade de plantas e animais não é tão rica.

Animais das pradarias e savanas topicais

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Vegetação Xerófila dos Desertos
Desertos secantes

Distribuição da Vegetação Xerófila dos Desertos
CC BY-SA 3.0

i

Vegetação xerófila adaptada à secura e às amplitudes térmicas

Quando imaginamos um deserto pensamos em calor, em areia e num espaço enorme vazio. Contudo, basta pensarmos na Antártida, coberta de gelo, e nas suas temperaturas mínimas que atingem 80º Celsius negativos, para verificarmos que nem sempre isso acontece. A Antártida recebe muito pouca precipitação, o que a torna num deserto pois é, muitas vezes, a falta de chuva ou outras formas de precipitação que definem um deserto.

Os desertos cobrem cerca de 20% do planeta Terra e estão em todos os continentes. Geralmente, encontram-se nas latitudes médias, sensivelmente entre os 20 a 50 graus latitude. A quantidade de chuvas que os desertos recebem varia muito de lugar para lugar mas raramente excede os 255 milímetros anuais. Por norma, a evaporação excede a precipitação e a variabilidade de temperaturas é também muito diversificada. Muitos desertos como o deserto do Saara, no continente africano, são quentes durante todo o ano, outros como o deserto de Gobi, no continente asiático, tornam-se bastante frios de inverno.

Os extremos de temperatura são também uma das principais características da maioria dos desertos. Ao calor intenso do dia sucedem-se noites geladas devido à falta de isolamento térmico fornecido pela a humidade e pela presença de nuvens. Surpreendentemente, embora que bastante severo, este bioma suporta uma grande variedade de habitats, muitos deles efémeros refletindo a escassez e a sazonalidade de água disponível.

O deserto do Namibe, no sudoeste africano, é o mais rico em flora seguido do deserdo de Chihuahuan, que cobre parte do México e dos EUA. Enquanto os desertos australianos albergam a fauna de répteis mais rica do mundo, encontramos gigantescas comunidades de catos colunares nos desertos do Sonora e Baja na América do Norte ou vegetação composta essencialmente por arbustos espinhosos no sudoeste de Madagáscar. Os desertos da Ásia Central, embora não sejam tão ricos em fauna e flora, são representativos dos desertos da região.

Animais dos desertos quentes

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Floresta Mediterrânea
Sob pressão das espécies exóticas e dos regimes do fogo

Distribuição da Floresta Mediterrânea
CC BY-SA 3.0

i

Florestas mediterrâneas, bosques e arbustos

Os bosques e florestas mediterrâneas ou mediterrânicas são caraterizadas pela existência de verões quentes e secos e invernos amenos, mas tendencialmente mais frios e húmidos. A maioria da precipitação ocorre durante as estações do outono e inverno. Sendo um bioma muito específico, apenas cinco regiões mundiais apresentam as condições exclusivas ao seu desenvolvimento: em torno do mar Mediterrâneo (sobretudo na costa norte), o centro-sul e o sudoeste da Austrália, os fynbos da África Austral, o matorral chileno e os habitats mediterrânicos da Califórnia, nos EUA.

Embora o habitat seja globalmente raro, apresenta uma extraordinária biodiversidade de espécies de animais e plantas exclusivamente adaptadas às condições stressantes dos verões quentes e longos com pouca chuva. A maioria das plantas está ainda adaptada ao fogo e dependente dessa perturbação pela sua presença e persistência sistemática. As cinco regiões de clima mediterrâneo são altamente distintivas, abrigando no seu conjunto, segundo o WWF, cerca de 10% das espécies de plantas da Terra.

Entre elas podemos apontar algumas das mais caraterísticas, resistentes às condições enunciadas e ainda aos solos normalmente pobres e pedregosos. O sobreiro (Quercus suber) estende-se desde a costa até às baixas e médias altitudes, a azinheira (Quercus ilex) e o azevinho (Quercus coccifera) são comuns e podem facilmente suportar variações de temperatura e precipitação e adaptar-se a qualquer tipo de substrato. As florestas de oliveiras silvestres (Olea sp.) e alfarrobeiras (Ceratonia siliqua) já estiveram também amplamente espalhadas ao longo das planícies costeiras e do interior mais quentes e secas. Todavia, apenas alguns remanescentes mantêm a estrutura natural deste tipo de floresta devido à intensa transformação dos solos em terras agrícolas.

Animais da floresta mediterrânica

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Floresta Temperada Caducifólia
Entre estações em mudança

Distribuição da Floresta Temperada Caducifólia
CC BY-SA 3.0

i

Florestas temperada caducifólia

A floresta temperada caducifólia, também conhecida por floresta caduca ou decídua é um tipo de habitat localizado nas regiões de clima temperado do planeta. As espécies que tipificam a composição desta floresta, como o carvalho (Quercus sp.), a faia (Fagus sp.), a bétula (Betupa sp.) ou o bordo (Acer sp.), são espécies que se adaptaram às quatro estações muito bem definidas.

No outono, as folhas adquirem a sua coloração típica, do vermelho ao castanho, passando pelo amarelo ao alaranjado. Isto porque, neste período, as árvores começam a transportar os nutrientes das folhas para os caules e raízes, onde ficam armazenados, criando reservas para suportar o inverno frio e seco das regiões temperadas. A queda das folhas está portanto associada a uma adaptação das plantas na defesa contra o frio e a seca, uma vez que o inverno, que dura cerca de três meses, é bastante rigoroso e a água congela no solo.

O solo destas florestas é muito rico em nutrientes devido, sobretudo, ao processo natural de decomposição das folhas. A acumulação de matéria orgânica dá-se sobretudo nos primeiros horizontes do solo, que possuem, por isso, uma cor mais escura. Além das árvores, aparecem várias outras espécies mais próximas do solo.

Animais da floresta temperada caducifólia

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Floresta Temperada Mista e Estepe
Muito perto do chão da floresta

Distribuição da Floresta Temperada Mista e Estepe
CC BY-SA 3.0

i

Florestas temperada mista e estepe

A floresta temperada mista corresponde a uma transição entre a floresta temperada caducifólia e a taiga que veremos mais adiante. Deste modo, tanto encontramos espécies de folha caduca como de árvores de folha persistente, principalmente coníferas. Esta formação vegetal é ainda distinguida pela existência de espécies arbóreas características das regiões tropicais. Encontram-se árvores de grande porte mas geralmente com folhas mais pequenas.

A estepe corresponde a um bioma caraterizado pela existência principalmente de vegetação rasteira e desprovido de árvores. Contudo, este habitat alberga pequenas florestas em torno do córrego dos rios e ribeiros. Na América do norte este bioma é denominado por pradaria, na América do sul por pampa, na Ásia por estepe. Diferem, em grande parte, das savanas tropicais sobretudo nas temperaturas anuais e nas espécies aqui encontradas.

Nas encostas sombreadas de vales e terraços fluviais podemos encontrar alguns choupos (Populus sp.) ou o salgueiro (Salix sp.).

Animais da floresta temperada mista e estepe

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Floresta Boreal de Coníferas
Noites de inverno solitário

Distribuição da Floresta Boreal de Coníferas
CC BY-SA 3.0

i

Florestas boreal de coníferas

A floresta boreal de coníferas também conhecida por taiga localiza-se sobretudo a norte do Círculo Polar Ártico (lat. 66º 33' N), podendo no entanto localizar-se em latitudes ligeiramente inferiores. As baixas temperaturas que caraterizam estas regiões, a precipitação pouco abundante (entre 40 e 100 mm por ano) principalmente sob a forma de neve juntamente com os solos pobres em nutrientes (em grande parte resultado do permafrost e a resultante má drenagem) favorecem a preponderância de espécies coníferas embora espécies de árvores decíduas também sejam bastante comuns. A cobertura do solo é dominada por musgos, cogumelos e líquenes.

É preciso muita teimosia para sobreviver ao inverno rigoroso da taiga. Durante cerca de nove meses as temperaturas podem variar entre -54° C e -1° C. O sol não brilha por muito tempo durante o inverno e com dias tão curtos e as temperaturas tão baixas até a decomposição das plantas e dos animais mortos podem demorar meses.

Muitos animais comem qualquer planta que possam encontrar, mastigando sementes de pinhas ou brotos verdes enterrados sob a neve. Para outros que não encontram comida suficiente durante o inverno, a hibernação é outra opção. Outros ainda deixam a taiga e migram para o sul, para biomas mais quentes durante inverno.

Animais da floresta boreal de coníferas

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Tundra
A vida na tundra é uma tarefa difícil

Distribuição da Tundra
CC BY-SA 3.0

i

Planícies geladas da tundra

A tundra é um deserto polar sem árvores encontrado nas latitudes das regiões polares principalmente no hemisfério norte, nomeadamente no Alasca, no Canadá, na Rússia, na Gronelândia, na Islândia e na Escandinávia e ainda na Antártida no hemisfério sul. Os invernos longos e secos da região apresentam meses de total escuridão e temperaturas extremamente geladas. Na tundra, o verão é a única época do ano em que a temperatura do ar sobe acima de 0º C. Longe do Equador, a luz do sol sendo menos intensa devido à inclinação dos raios solares, faz com que as temperaturas desçam a valores negativos impressionantes.

Estruturalmente, a tundra é uma extensão sem árvores que suporta comunidades de juncos (Juncus sp.) e urzes (Calluna sp.) e alguns arbustos de pequena dimensão. A vegetação é geralmente dispersa, embora se reflitam mudanças mudanças na vegetação do solo consoante o gradiente de humidade. A maior parte da precipitação cai sob a forma de neve durante o inverno e os solos tendem a ser ácidos e saturados com água quando não congelados.

Embora pobre em vegetação, este bioma apresenta algumas regiões bastante distintas pois exibem, por vezes, um nível apreciável de endemismos de plantas.

Animais das planícies geladas da tundra

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Pastos e Matagais de Alta Montanha
Sobrevivendo às elevadas altitudes

Distribuição dos Pastos e Matagais de Alta Montanha
CC BY-SA 3.0

i

Pastos e matagais de alta montanha

Este tipo de habitat, também conhecido como tundra alpina, inclui pastagens e matagais de grande altitude nomeadamente a dos planaltos tibetanos, bem como outros habitats semelhantes em todo o mundo. Este tipo de floresta está muito bem definido em função das temperaturas encontradas em cada um dos estratos da montanha, estando por isso localizados acima das condições climáticas que sustentam outras formas de vegetação como as árvores.

Este bioma existe nas regiões tropicais, subtropicais e temperadas pois não está diretamente relacionado com o clima de uma região mas sim com a variação da temperatura e da humidade em altitude. As plantas e animais das regiões montanhosas tropicais exibem adaptações marcantes às condições frescas e húmidas e à luz solar intensa. Em todo o mundo, as plantas características destes habitats exibem características como superfícies cerosas e abundante pilosidade.

Os Andes e o Planalto do Tibete são os exemplos mais extensos deste tipo de habitat, embora as espécies sejam mais diversificadas nas montanhas de África oriental, nomeadamente no Monte Kilimanjaro ou no Monte Quénia. No Monte Kinabalu na Malásia, no Bornéu e na região central da Nova Guiné estes ecossistemas são muito limitados em extensão, pois são extremamente isolados, mas sustentam plantas e animais altamente endémicos.

 

Animais dos pastos e matagais de alta montanha

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Planícies Inundadas e Pântanos
Vastas pastagens alagadas

Distribuição das Planícies Inundadas e Pântanos
CC BY-SA 3.0

i

Planícies inundadas e pântanos

Este bioma é comum aos quatro continentes da Terra e corresponde a uma grande extenção de pastagens alagadas que sofrem inundações quase constantes e são sustentadas por solos de turfa. Estas áreas suportam numerosas plantas e animais adaptados aos regimes hidrológicos e condições do solo únicos. Nestas regiões encontramos grandes congregações de aves aquáticas permanentes ou migratórias. No entanto, a importância destes habitats para essas aves varia conforme a disponibilidade de água.

Algumas das planícies inundadas mais notáveis mundialmente ​​são os Everglades na América do norte, o Pantanal na América do Sul, Lago Chade ou as savanas inundadas do Sudão do Sul, ambas em África. Nelas podemos encontrar vegetação aquática típica como os nenúfares (Nymphaea sp.) e um complexo submerso de plantas que é dominado pela utriculária (Utricularia sp.)

Os Everglades são, segundo o WWF, a maior planície inundada do mundo alimentada por chuvas e sobre calcários, onde podemos encontrar cerca de 11.000 espécies de plantas, 25 variedades de orquídeas, 300 espécies de pássaros e 150 espécies de peixes. O Pantanal, uma das maiores áreas húmidas continentais da Terra, suporta mais de 260 espécies de peixes, 700 aves, 90 mamíferos, 160 répteis, 45 anfíbios, 1.000 borboletas e 1.600 espécies de plantas.

Animais das planícies inundadas e pântanos

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

Manguezais
Resistindo aos avanços e recuos das marés

Distribuição dos Manguezais
CC BY-SA 3.0

i

Manguezais

Os manguezais, também conhecidos como florestas de mangues, são um tipo de habitat que se desenvolve nos solos alagados e salgados das regiões tropicais e subtropicais. Estes estão sujeitos ao fluxo e refluxo diário das marés, às marés quinzenais e às flutuações sazonais do clima. Estendem-se entre a zona intertidal até ao ponto máximo da maré alta. Estas florestas são compostas, segundo o WWF, por cerca de sessenta espécies de árvores tolerantes ao sal.

A vegetação dos manguezais, altamente adaptada, pode prosperar nestas áreas de solo mole, encharcado e pobre em oxigénio, usando as suas raízes aéreas e até horizontais para ganhar terreno. As raízes também absorvem oxigénio do ar, enquanto as folhas da árvore podem expelir o excesso de sal.

Associadas às espécies arbóreas, há toda uma série de plantas aquáticas tolerantes ao sal. Juntas, fornecem importantes habitats para uma vasta gama de espécies de animais aquáticos. Os ecossistemas de mangues são mais diversificados nos mares do sul da Ásia e menos diversificados nas Caraíbas. Já as florestas de mangues na costa ocidental de Madagáscar suportam uma série de espécies de aves endémicas ameaçadas de extinção.

Animais dos manguezais

Sensibilidade a distúrbios

Galeria de imagens

 

Referências