Interdependência entre países

Interdependência entre países

 

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Diferentes tipos de obstáculos ao desenvolvimento (Pág. 41-71)

Obstáculos naturais

Obstáculos históricos

Obstáculos políticos

Obstáculos sociais

Obstáculos económicos

A influência do comércio mundial no desenvolvimento

O comércio justo e o comércio internacional

Consequências da globalização no comércio mundial

Retrato síntese dos obstáculos económicos em Portugal

São inúmeros os obstáculos que explicam o isolamento, a pobreza e o fraco desenvolvimento em que se encontram muitos países. O fraco desenvolvimento económico, sem o qual não é possível satisfazer as necessidades de uma população, deve-se, muitas vezes, à dificuldade de pôr em prática os Direitos Humanos[Jurisprudência] Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros.; à incapacidade de travar os sucessivos endividamentos e os consequentes pagamentos de dívida externa; à incapacidade de ter uma população com acesso à educação, saúde, habitação ou emprego; à incapacidade de intervir em caso de desastres naturais ou conflitos armados; assim como a incapacidade de controlar a natalidade ou a corrupção.

Estes obstáculos, que ajudam a explicar o atraso no processo de desenvolvimento, resultam de fatores naturais, históricos, políticos, sociais e económicos, situações em que pesa, muitas vezes, uma herança colonial forte.

 
 

Obstáculos naturais:

Grande parte dos países menos desenvolvidos encontram-se localizados em áreas onde os solos são pouco férteis (como as zonas montanhosas ou as áreas desérticas) e nas regiões tropicais. Desta forma, a produção agrícola está muito dependente das condições naturais, pelo que, em situações de catástrofe (secas, inundações, pragas), a destruição de culturas reduz a disponibilidade de alimentos, originando, muitas vezes, situações de subnutrição e fome. Por outro lado, a intensa desflorestação em algumas destas áreas, com o consequente desgaste, empobrecimento dos solos e a progressiva desertificação, potenciam uma maior dificuldade em produzir bens alimentares que satisfaçam a necessidade da população.

 

Uma população subnutrida e doente não consegue contribuir para o desenvolvimento do país.

 

 

A população dos Países Em Desenvolvimento (PED) também está mais vulnerável às catástrofes naturais pelo facto de não existirem meios técnicos de prevenção e/ou salvamento eficazes. Os efeitos prolongados das catástrofes naturais (terramotos, tsunamis, furacões, inundações) e a difícil reconstrução, associada a carências financeiras, podem levar à proliferação de epidemias (Figura 1).

Devastação provocada pela passagem do furacão Irma em agosto de 2017, classificado com a categoria V. São Martinho, Caraíbas.
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Figura 1: Devastação provocada pela passagem do furacão Irma em agosto de 2017, classificado com a categoria V. São Martinho, Caraíbas.

Obstáculos históricos:

O processo de descolonização resultou na independência política dos países africanos e asiáticos. Esta situação desencadeou-se, principalmente, devido à condenação moral da prática do colonialismo pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelas nações africanas e asiáticas reunidas na Conferência de Bandung[História] Foi uma reunião de 29 países asiáticos e africanos em Bandung, Indonésia, em abril de 1955, com o objetivo de mapear o futuro de uma nova força política global, que visaria a promoção da cooperação económica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado de neocolonialismo por parte dos Estados Unidos e da União Soviética.. Este processo não ocorreu de igual forma em todos os países (embora tenha ocorrido maioritariamente de forma pacífica) nem ao mesmo ritmo. Numa primeira fase, logo após o final da Segunda Guerra Mundial, tornaram-se independentes a maior parte dos países asiáticos. Numa segunda fase, ocorreu a descolonização da maior parte dos países africanos, desencadeada pela independência da Líbia em 1951. No caso das antigas colónias portuguesas, a independência apenas foi alcançada após 1974 (Figura 2).

O processo de descolonização facilitou a implementação de ditaduras e a instabilidade política e social, que desencadearam guerras civis entre as diferentes etnias. Estes conflitos armados destruíram infraestruturas e culturas agrícolas tornando estes países mais pobres.

Potências colonizadoras e data de independência dos países africanos.
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Figura 2: Potências colonizadoras e data de independência dos países africanos.

Por outro lado, se a independência política foi alcançada, a dependência económica face aos Países Desenvolvidos (PD) (as suas antigas metrópoles ou os países mais industrializados) manteve-se pois as matérias-primas que exportavam não eram suficientes para suprir, ou seja ultrapassar, as necessidades de produtos industriais, daí terem que os importar. O constante endividamento e a incapacidade de saldar (pagar) as dívidas contraídas daí resultantes, dificultaram o seu desenvolvimento.

 
 
 
 
 

Obstáculos políticos:

A existência de conflitos armados e de regimes políticos ditatoriais são dos maiores obstáculos ao desenvolvimento. As guerras, para além do elevado número de feridos e vítimas mortais civis e militares, destroem infraestruturas (escolas, hospitais, estradas, habitações) e causam grandes fluxos (movimentos) de refugiados. Os países que vivem em estado de guerra, muitas vezes sustentada pelos próprios governos, canalizam parte da sua riqueza para a compra de armas, não investindo no desenvolvimento das atividades económicas, nem em áreas como a saúde ou educação das populações (Figura 3).

Criança soldado.
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Figura 3: As crianças são muitas vezes mobilizadas e ativamente envolvidas em guerras e outros conflitos armados, como esta "criança soldado". Quénia.

 

Por outro lado, os regimes ditatoriais não são propícios ao desenvolvimento pois não respeitam os Direitos Humanos (Figura 4) e são mais vulneráveis à corrupção,situação que se deve aos interesses dos grupos que estão no poder, uma vez que muitos utilizam o Estado em proveito próprio. Desta forma, também muitos investidores estrangeiros não se sentem motivados para investir nestes países, contribuindo assim, ainda mais, para o desemprego e pobreza.

Exemplos de leis contra a liberdade em alguns países do mundo.
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Figura 4: Exemplos de leis contra a liberdade em alguns países do mundo.

 

Obstáculos sociais:

Os PED são os principais responsáveis pela explosão demográfica na atualidade. A elevada Taxa de Crescimento Natural[Demografia] Diferença entre a taxa bruta de natalidade e a taxa bruta de mortalidade. (que resultam das elevadas taxas de fecundidade e natalidade e a diminuição das taxas de mortalidade e mortalidade infantil) tem provocado um forte crescimento demográfico. Os fracos níveis de escolaridade, sobretudo das mulheres, o fraco acesso a cuidados de saúde, incluindo a saúde sexual, os casamentos precoces ou a ausência de planeamento familiar[Saúde] Corresponde ao meio de proporcionar informação às pessoas que lhes permita decidir o número de filhos que querem ter e quando os querem ter. Isto implica o acesso a informação sobre métodos de contraceção e serviços de saúde apropriados que permitam a vivência da sexualidade de uma forma saudável, feliz e segura, bem como o planeamento de uma gravidez e parto nas condições mais adequadas., são também fatores responsáveis pelos níveis elevados de fecundidade. Contudo, os recursos não crescem na mesma proporção, levando a desequilíbrios e à impossibilidade de muitos Estados conseguirem satisfazer as necessidades das populações.

 

O acentuado crescimento demográfico, aliado à baixa capacidade de investimento na educação e na saúde revela-se um obstáculo devido à impossibilidade de formar uma sociedade com competências para promover o desenvolvimento. Como se pode ver no gráfico seguinte, são as regiões menos desenvolvidas que mais contribuem para o elevado crescimento populacional contrariamente ao que acontece nas regiões mais desenvolvidas, onde, em alguns casos, o crescimento é negativo.

 

 

As doenças, as fracas condições de higiene e a fome implicam, também, importantes consequências (Figura 5). Os adultos que contraem doenças ou que apresentam má nutrição veem-se obrigados a abandonar o seu trabalho e, consequentemente, perdem os rendimentos para sustentar as suas famílias, o que leva a que os filhos abandonem a escola precocemente para trabalhar e sustentar a família, tornando-se um ciclo vicioso, já que não tendo formação/educação também não conseguirão auferir melhores salários e acabam por comprometer também o seu próprio futuro (Figura 6). Por outro lado, a população mais qualificada dos PED tende a emigrar para os PD, privando o seu país de mão de obra qualificada, essencial ao seu desenvolvimento (Figura 7).

Número de enfermeiros e de camas hospitalares por cada 10 mil habitantes, por regiões do mundo, 2014.
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Figura 5: Número de enfermeiros e de camas hospitalares por cada 10 mil habitantes, por regiões do mundo, 2014.

Alguns números sobre o trabalho infantil no mundo.
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Figura 6: Alguns números sobre o trabalho infantil no mundo, 2013.

Países com a menor despesa em educação em percentagem do PIB.
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Figura 7: Países com a menor despesa em educação em percentagem do PIB, 2014.

 

 

Nos PED, milhões de pessoas vivem ainda em habitações precárias sem o mínimo de condições ou na qual faltam infraestruturas básicas como água potável canalizada, eletricidade ou instalações sanitárias (Figura 8). Os níveis de desemprego ou os baixos rendimentos contribuem para que as famílias não tenham capacidade para construir, arrendar ou comprar uma habitação condigna, levando ao crescimento de bairros degradados. Muitas famílias constroem as suas habitações com recurso a materiais de baixo custo (terra, adobes, madeira, chapas metálicas) tornando-se estas por sua vez mais vulneráveis às catástrofes naturais e às epidemias.

Percentagem da população com acesso a uma fonte de água melhorada, a saneamento básico e a eletricidade na habitação, por região do mundo, 2014.
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Figura 8: Percentagem da população com acesso a uma fonte de água melhorada, a saneamento básico e a eletricidade na habitação, por região do mundo, 2014.

 

 

Obstáculos económicos:

O fraco dinamismo das atividades económicas e a elevada dependência externa[Economia; Política] Corresponde à confiança em entidades externas (como credores, fornecedores, concorrentes, governos) que, direta e proporcionalmente, limitam a liberdade de escolha de uma empresa em operações económicas e estratégicas. É muito visível nos países da África Subsariana que, após a independência dos mesmos, se viram muito limitados ao nível do PIB devido às suas fracas economias. Este facto ditou, para a maioria, a continuidade das políticas instauradas durante a vigência da colonização, pois as suas exportações não eram suficientes para financiar as importações de produtos industriais dos PD. constituem também fortes entraves ao desenvolvimento. Nos PED, predominam atividades económicas tradicionais (setor primário, nomeadamente a agricultura ou as pescas) com fraco rendimento e fraca produtividade que não garantem a superação das necessidades da população.

Também a concentração das exportações num pequeno número de produtos deixa o país vulnerável às variações dos preços nos mercados internacionais. Quando ocorre uma catástrofe natural ou uma guerra que destrua ou impossibilite a sua produção/exploração, ou ainda quando ocorre uma diminuição da procura desses produtos nos mercados internacionais, agravam-se os problemas económicos (Figura 9).

Alguns países cujas exportações dependem, principalmente, de um produto.
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Figura 9: Alguns países cujas exportações dependem, principalmente, de um produto.

Por outro lado, os setores secundário e terciário têm um peso reduzido na economia destes países, devido a uma fraca industrialização e um comércio interno fracos, por falta de investimento, desfasamento tecnológico e baixo poder de compra. Assim, dado que as exportações consistem, sobretudo, em produtos alimentares, recursos energéticos e matérias-primas menos valorizados do que os produtos transformados dos países desenvolvidos, gera-se um grande desequilíbrio nas trocas comerciais, aumentando a dívida externa [Economia] Corresponde ao somatório de todas as dívidas de um país ao estrangeiro, sejam elas do Estado, das empresas públicas ou privadas ou dos particulares. (Figura 10).

Trocas comerciais entre os Países Desenvolvidos e os Países Em Desenvolvimento.
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Figura 10: Trocas comerciais entre os Países Desenvolvidos e os Países Em Desenvolvimento.

O pagamento de elevadas dívidas externas, resultantes dos empréstimos concedidos por outros países e/ou organizações internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial, acrescidas de elevados juros, impossibilitam o investimento de capitais na economia, no desenvolvimento ou investimento de áreas como a saúde ou educação (Figura 11).

 
 

A influência do comércio mundial no desenvolvimento:

O comércio mundial refere-se ao conjunto de trocas comerciais entre os países que gera, entre eles, um circuito económico de Importações[Economia] Corresponde sobretudo à compra de bens e de serviços ao estrangeiro. As despesas que os turistas nacionais fazem no estrangeiro, tais como as realizadas nos hotéis, nos restaurantes ou em lazer, são consideradas importações. e Exportações[Economia] Corresponde sobretudo à venda de bens e de serviços ao estrangeiro. As despesas que os turistas estrangeiros fazem no país, tais como as realizadas nos hotéis, nos restaurantes ou em lazer, são consideradas exportações., cujo valor determina, em cada país, a sua Balança comercial[Economia] A balança comercial regista o valor dos bens e dos serviços que um país vende e compra ao estrangeiro. Na relação do país com o exterior, isto é, com o resto do mundo, o saldo da balança comercial mostra se o país exporta mais do que importa (saldo positivo ou excedente comercial) ou se importa mais do que exporta (saldo negativo ou défice comercial)., ou seja a diferença entre as importações e exportações. Podem verificar-se três situações: positiva, nula/equilibrada ou negativa (Figura 12).

Balança comercial.
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Figura 12: Balança comercial.

 

A relação entre o valor dos bens exportados e o valor dos bens importados corresponde aos Termos de troca[Economia] No comércio internacional, a expressão termos de troca designa a relação entre o valor das importações e o valor das exportações de um país num determinado período de tempo. Por exemplo, se a economia de um país só exporta maçãs e só importa laranjas, os termos de troca são simplesmente o preço das maçãs sobre o preço das laranjas. Por outras palavras, quantas laranjas se consegue comprar ao vender uma unidade de maçãs. T. de Troca = Val. Export. Val. Import. . Quando o valor das exportações é superior ao das importações verifica-se uma valorização dos termos de troca que se tornam favoráveis ao país em causa. Quando a situação é inversa verifica-se uma deterioração/degradação dos termos de troca, que se torna desfavorável a esse país. Para esta degradação contribui um conjunto variado de fatores (Figura 13).

Principais causas da degradação dos termos de troca.
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Figura 13: Principais causas da degradação dos termos de troca.

Os termos de troca têm sido mais desfavoráveis para os PED, principalmente os menos desenvolvidos pois estes exportam essencialmente produtos com menor Valor acrescentado[Economia] Corresponde à diferença entre o valor dos bens produzidos e os custos dos bens intermédios. Isto é, a riqueza gerada na produção de um produto, descontando os valores consumidos para o obter. (ex. produtos agrícolas) ou produtos pouco transformados e importam produtos transformados com maior valor acrescentado (ex. maquinaria, tecnologia). Desta forma, os PED têm de exportar cada vez mais produtos para adquirirem, no mercado internacional, a mesma quantidade de bens. Esta situação contribui para um maior empobrecimento destes países e um maior benefício dos países desenvolvidos (Figura 14).

Exemplo da degradação dos termos de troca.
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Figura 14: Exemplo da degradação dos termos de troca.

 
 
 

O comércio justo e o comércio internacional:

O comércio justo trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que procura o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados nas cadeias produtivas, promovendo o encontro de produtores responsáveis com consumidores éticos. A ideia de um comércio justo surgiu na década de 1960, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. O primeiro produto a seguir este padrão de certificação foi o café em 1988. Todavia, este movimento rapidamente se espalhou pela Europa e hoje conta já com mais de 300 organizações em sessenta países na atual International Fair Trade Association.

O fundamento do comércio justo é construir princípios e práticas comerciais equitativos e coerentes e garantir os direitos dos produtores e trabalhadores, especialmente dos países menos desenvolvidos. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa pelo seu trabalho (Figura 15).

Logótipo do comércio justo.
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Figura 15: Logótipo do comércio justo.

 

Consequências da globalização no comércio mundial:

O comércio mundial é uma consequência do desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações que contribuíram para que o mundo "encurtasse" distâncias e fossem possíveis rápidas trocas comerciais. Este processo de globalização permitiu a abolição de algumas fronteiras nas relações comerciais, possibilitando o surgimento das empresas multinacionais/transnacionais[Economia] Corresponde a uma empresa sediada num país, onde está a empresa mãe, e que produz ou vende bens e serviços em vários países. Todas as atividades realizadas por eventuais parceiros espalhados pelo mundo são controladas pela empresa mãe. Algumas das principais características destas empresas são a sua grande dimensão, o facto de terem as suas atividades espalhadas por todo o mundo, os investimentos efetuados no estrangeiro ou a compra de licenças de exclusividade..

Estas expandem-se por todos os continentes sendo difícil definir a sua nacionalidade assim como a origem dos seus produtos, que são adquiridos em qualquer parte do mundo. As multinacionais são cada vez em maior número e geram capitais elevadíssimos, muitas vezes superiores ao PIB de muitos países, sobretudo dos PED (Figura 16).

Empresas mais valiosas do mundo.
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Figura 16: Empresas mais valiosas do mundo segundo a Millward Brown.

A globalização do comércio apresenta aspetos positivos e negativos, tanto para os países mais desenvolvidos como para os menos desenvolvidos (Quadro 1).

Quadro 1: Aspetos positivos e negativos da globalização do comércio mundial
Aspetos positivos
Aumento dos fluxos de importação e de exportação de bens
Promove a descida dos preços dos produtos
Maior divulgação dos produtos comerciais
Transferência de tecnologia para os países menos desenvolvidos
Desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações
Aproximação geográfica, gerando oportunidades de negócio
Contribui para o crescimento económico
Aspetos negativos
Os lucros não são aplicados nos países de acolhimento
Aumento descontrolado do consumo
Desrespeito pelos Direitos Humanos
Exploração desmedida de matérias-primas e de mão de obra barata e abundante
Marginalização dos países que não estão preparados para os mercados internacionais
Proliferação dos problemas ambientais
Aumento das crises financeiras

Retrato síntese dos obstáculos económicos em Portugal:

Em Portugal o saldo da balança comercial tem sido negativo o que dificulta a criação de riqueza no país e o consequente desenvolvimento humano. Apesar de nos últimos anos terem aumentado as exportações (mais 3,7% em 2015 face a 2014), também as importações têm aumentado (mais 2,2% em 2015 face a 2014), totalizando um défice comercial de cerca 10 mil milhões de euros (2015). As relações comerciais de Portugal são preferencialmente com países da União Europeia, sobretudo com a Espanha, a França, a Alemanha e o Reino Unido, fruto da inserção de grandes comunidades portuguesas nestes países mas também pela sua proximidade geográfia.

Em relação aos produtos transacionados em 2015, os combustíveis e lubrificantes, as máquinas industriais, os produtos eletrónicos, os automóveis e os produtos alimentares são o grupo de produtos mais importados (Figura 17).

Percentagem da população com acesso a uma fonte de água melhorada, a saneamento básico e a eletricidade na habitação, por região do mundo, 2014.
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Figura 17: Contas satélite da atividade económica em Portugal, 2015.

 

 

Referências