Diferentes formas de relevo (Pág.121-141)
Às diferentes formas que a superfície da Terra pode apresentar denomina-se relevo. Um dos elementos que caracteriza o relevo é a altitude – distância, medida na vertical, em metros, desde o nível médio das águas do mar até esse lugar. Esta pode ser positiva (acima do nível médio das águas do mar), nula (ao nível médio das águas do mar) ou negativa (abaixo do nível médio das águas do mar). Se os lugares estiverem submersos, essa distância é designada por profundidade. O relevo pode ser representado por curvas de nível (linhas que unem pontos com o mesmo valor de altitude) ou por cores em mapas:
Topográficos – mapas de grande escala que representam o relevo de forma pormenorizada de áreas pequenas, através de curvas de nível mestras e intermédias. A partir destas linhas é possível desenhar um perfil topográfico, para ter uma ideia mais real do relevo da área em estudo (Figura 1).
Figura 1: Excerto da Carta Militar de Foz do Sousa (Gondomar), 1998 – escala 1/25 000. Fonte: Instituto Geográfico do Exército.
Hipsométricos – representam o relevo através de uma sequência de cores convencionais. Cada cor corresponde a uma determinada classe de altitude (Figura 2).
Geralmente utilizam-se:
Verde – Planícies de baixa altitude;
Amarelo – Planícies onduladas ou planaltos de média altitude;
Castanho claro – Planaltos de grande altitude e algumas serras;
Castanho/Branco – Montanhas de grande altitude.
Figura 2: Mapa Hipsométrico da Península Ibérica. Fonte: Tecnodidáctica.
As diferentes formas de relevo na superfície terrestre (Figura 3) (Quadro 1) sofrem a ação conjunta de agentes internos e externos. Os primeiros são fundamentais para a formação do relevo e os segundos para a sua modelação, através do processo erosivo.
Agentes internos: sismos, vulcões e movimentos das placas tectónicas;
Agentes externos: água (precipitação, rios, mar, glaciares), temperatura e o vento.
Figura 3: Principais formas de relevo. Fonte: Escola Virtual.
Quadro 1: Principais formas de relevo
Montanha |
Grande elevação de terreno com mais de 1000 metros de altitude (um conjunto de montanhas designa-se por cadeia ou cordilheira montanhosa). |
Vale |
Espaço situado entre terrenos de altitude mais elevada. |
Planalto |
Elevação de terreno que é sensivelmente plana no seu cume. |
Planície |
Grande extensão plana de terreno de baixa altitude. |
No processo de erosão, os agentes erosivos atuam em diferentes etapas:
Desgaste: arranque de materiais;
Transporte: arrastamento dos materiais arrancados na fase de desgaste;
Acumulação: deposição dos materiais em áreas de fraca altitude.
O relevo da Península Ibérica é constituído por:
Montanhas
Cordilheira Cantábrica e Pirenéus a norte;
Cordilheira Central e Cordilheira Ibérico, no centro;
Cordilheira Bética, no sul.
Planaltos
Meseta Ibérica, no centro, também conhecida por Planalto central.
Planícies
Localizam-se junto da costa e perto da parte terminal (foz) de grandes rios, como as planícies do Guadalquivir, do Ebro e do Tejo-Sado.
Relevo de Portugal (Pág.138-140)
O relevo de Portugal continental apresenta grandes contrastes como se apresenta no quadro 2.
Quadro 2: Contrastes no relevo de Portugal continental
Norte versus Sul |
A norte, predominam as montanhas e os planaltos e, no sul, as planícies. |
Litoral versus Interior |
No litoral, predominam as planícies costeiras e, no interior norte, os planaltos e montanhas. |